Lágrimas, abraços e vibrações positivas marcaram a despedida dos
familiares e amigos dos atletas do Alunorte Rain Forest, que embarcaram na
manhã desta terça-feira, 24, para o Rio de Janeiro. De lá, seguem para Oslo.
“É claro que bate uma preocupação, mas sabemos que nossos filhos estão
realizando um sonho. Só podemos dar força e tentar segurar a saudade”, disse
Raimunda Maués, mãe da atleta Grasiele Maués, ao se despedir da filha.
O objetivo da viagem é levar o ARF para disputar, em Oslo, a Copa da
Noruega, um dos maiores torneios de futebol infantojuvenil do mundo. Este é o
11ª ano em que o time representa o estado do Pará na competição.
“É sempre como se fosse a primeira vez. Fizemos uma longa preparação e,
hoje, vivemos a mesma realidade, a mesma ansiedade para colocar em prática o
que aprendemos”, explica Alberto Muller, técnico dos times feminino e masculino
do ARF.
No ano passado, a equipe masculina conseguiu o segundo lugar no torneio,
perdendo apenas para o time brasileiro Karanba, do Rio de Janeiro. O grupo
competiu com outras 200 equipes inscritas na classe B sub-16 do torneio. Até a
final, o time seguiu invicto e disputou a vitória nos pênaltis.
O jogador Silvio dos Santos foi homenageado com a “Chuteira de Ouro”,
por marcar 11 gols em 9 partidas.
Este ano, o objetivo é mostrar a garra da região amazônica e trazer a
taça para o estado. Para isso, foram feitos trabalhos de preparação física e
psicológica. “Fizemos muitas dinâmicas em equipe, inclusive de adaptação com a
nova cultura e oficina de alimentação. O objetivo foi tentar aproximar ao
máximo à realidade de lá”, complementa Ivone Melo, psicóloga do time.
O campeonato inicia no próximo dia 29 de julho. Os times feminino e
masculino enfrentarão dois times da casa, o Sviland e o Nidelv. Os jogos
iniciam às 12h (7h no Brasil). O time feminino joga na arena Ekeberg e o
masculino no campo de Rustad, em Oslo.
“A participação no torneio vai nos trazer muitos aprendizados. Acho que
vamos encontrar uma barreira muito grande, mas sei que estamos preparados”, diz
João Fernandes, zagueiro do time masculino.
Este ano, somente na classe Q sub-19, na qual a equipe feminina está
participando, existem 90 times competindo, de todas as partes do mundo.
“Vamos sentir saudade da família, mas aprendemos a lidar com isto. A
expectativa é enorme. Precisamos nos manter calmos para trazer o título para o
estado, é este o nosso objetivo”, conclui Grasiele Maués, zagueira do time
feminino.
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